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Design Thinking

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Aplicação do design thinking em um evento estudantil

Eu fiz este curso para me ajudar no desenvolvimento do meu Trabalho de conclusão de Curso da graduação de Design na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O meu tema foi a aplicação do design thinking como abordagem de projeto na organização da Semana Viver Metrópole, um evento aberto ao público externo que ocorre anualmente na terceira semana de outubro na faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

No evento todas as aulas são suspensas para dar lugar a uma programação extensa de palestras, mesas redondas, debates e workshops cujos temáticas envolvem arquitetura, urbanismo, design, educação, sociedade, arte e cultura, visando promover discussões, ampliar o repertório cultural e articular um contato dos estudantes com profissionais do mercado.

Ao longo das 14 edições, toda a programação foi planejada exclusivamente por alunos de ambos os cursos, com o apoio da Universidade.

Dada a importância do evento e a triste realidade de que cada vez menos pessoas compareciam e menos alunos se interessavam em participar da sua organização, eu resolvi utilizar a abordagem do design thinking para identificar necessidades e oportunidades e agir em prol da manutenção e da inovação do evento, que foi de extrema importância para mim durante os meus 4 anos de curso.

A partir desta vontade, me uni pelo segundo ano consecutivo na comissão, composta por 12 alunos (10 de Arquitetura e Urbanismo e 2 de design), dessa vez com um objetivo um pouco mais ambicioso: apresentar o design thinking e utilizá-lo para beneficiar o evento. Além disso, eu tinha como objetivo final, coletar todas as soluções encontradas durante o caminho para produzir um “Manual de como organizar a SVM”, um material com descrições detalhadas de “o que fazer”, “como fazer” e “quando fazer” que poderia ser utilizado pelas comissões futuras na organização do evento.

Assim, trabalhamos coletivamente e incansávelmente desde agosto de 2017 até novembro de 2017 e durante a organização, diversas ferramentas foram utilizadas para contextualizar, inspirar e contribuir na geração de ideias e desenvolvimento de protótipos. Foram algumas delas:

– Pesquisas bibliográficas sobre o processo do design thinking
– Pesquisa sobre o histórico do evento e edições anteriores
– Pesquisa por eventos similares
– Entrevistas em profundidade com 2 ex membros da comissão
– Aplicação de formulários online e presenciais com mais de 200 alunos
– Brainstormings coletivos com a comissão para definição de temas, convidados e manifesto do evento
– Mapas mentais para a estruturação dos eixos, programação, estrutura do evento e distribuição espacial
– Dinâmicas de representação visual para contribuir no processo de desenvolvimento da marca
– Diversos protótipos que tinham como objetivo engajar os alunos na organização, divulgar as atividades, integrar os professores no apoio ao evento e incentivar os alunos a participarem da comissão nos anos seguintes

Diversos problemas surgiram e foram contornados durante o processo que de maneira geral, foi muito interessante e divertido de participar, e em alguns momentos, mediar. No entanto, o evento, que foi realizado dos dias 17 a 21 de outubro de 2017, não foi um completo sucesso como esperávamos pois a quantidade de alunos presentes ainda foi reduzida.

Ainda assim graças a este processo que percebemos o impacto do planejamento estratégico voltado para as pessoas já que melhoramos muito em quesitos como recepção dos convidados, envio de certificados, distribuição inteligente de espaços, acesso às informações do evento e preparo da monitoria para a resolução de imprevistos. Além disso, nós mudamos nosso jeito de divulgar o evento, estruturamos a agenda de atividades, convidamos os professores para falar sobre em sala, disponibilizamos meios de permitir que os alunos dessem a sua opinião sobre a programação e na construção da marca e principalmente, entendemos que não existe um único jeito constante e imutável de realizar o evento, que precisa ser constantemente renovado e repensado.

Essas percepções obtidas com a realização do evento derrubaram completamente a ideia inicial de criar um manual rígido de regras a serem seguidas para a realização perfeita do evento perfeito. Ainda bem!

Foi por isso que eu mudei completamente o conteúdo deste material. Morreu o “Manual de como organizar a SVM” e nasceu o “Guia SVM”.

Este novo material apresenta não só as soluções, como também os problemas enfrentados durante o caminho, mostrando o que deu certo e errado na organização do evento e ao invés de conter regras, traz sugestões abrangentes baseadas na experiência de diversos membros e ex-membros que compartilharam comigo seus conhecimentos. Além disso, existem espaços destinados a continuação deste legado, onde as pessoas podem colar “notas autoadesivas” ou escrever dicas e informações sobre as suas experiências para as comissões subsequentes.

Mas este Guia acima de tudo, incentiva a adoção de novos testes e protótipos a cada ano, relatando também, a importância da constante inovação das estratégias e formas de organizar a Semana.

No final do projeto, eu percebi que o Guia é mais um protótipo a ser testado, e que ele pode ou não dar certo. Mas eu espero de verdade que ele possa ajudar os membros das próximas comissões se, e enquanto for útil porque eu acredito na educação, na importância deste evento e no poder do design para ajudá-los.

Este curso contribuiu imensamente para a realização deste projeto, que por sua vez, contribuiu muito para o meu crescimento pessoal e profissional.

Obrigada e espero que possa ajudar outras pessoas a realizar outros projetos deste curso.

Link para visualização do video: https://drive.google.com/open?id=111JmzEVTHQZG5sNO4lUPpVR7atgxO-Hj

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